A Ressurreição não é conivente com as misérias desse mundo

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Queridos e amados de meu Deus, a vocês Graça e Paz da parte de nosso Senhor Jesus Cristo e de nossa Mãe Santíssima, nossa Senhora de Fátima, rainha dos anjos!

A Justiça de nosso Deus nem sempre é agradável de praticar, muitas vezes tem sabor amargo, porém aos que querem andar na Luz o caminho é estreito mesmo. A liturgia que abre essa semana do 4º Domingo da Quaresma é um convite a andarmos na Luz e a testemunharmos diante dos nossos irmãos. Como “filhos da Luz”, devemos sempre nos atentar às qualidades que trazemos em nosso peito como marcas do Amor: “bondade, Justiça e verdade” (Ef 5, 9). Deus vê algo em nós que na maior parte das vezes para os olhos do mundo passa despercebido, que é nossa força interior e que brota do encontro com o Senhor. No episódio da escolha do rei Davi (1Sm 16) para ser rei entre os filhos de Jessé está também a escolha do nosso reinado como filhos de Deus. Não é força para a guerra que o Senhor procura em nós, mas força para amar, para fazer o que é certo e para ser simples e humilde. Jesus cura o cego de nascença (Jo 9, 1-38) através do barro e da piscina de Silóe. Jesus se utiliza de dois símbolos, o “barro” que é a condição humana que precisa ser bem trabalhada para não estarmos aprisionados por ela e a água dos “enviados” que é a própria condição dos que foram batizados. Ninguém pode dizer que é batizado para si, mas sim para Jesus e para o próximo, pois todos devem pôr em prática a vontade do Pai e realizar a sua uma missão no mundo. É lógico que a condição de batizados é bem mais exigente, pois como tal começamos a enxergar coisas que o mundo não enxerga, o Amor é a maior delas. Vão nos perseguir, nos expulsar da comunidade e até querer matar-nos, mas os filhos da Luz nunca perdem a sua vida, ao contrário sempre a ganham mais e mais. Aqueles que dizem ter conhecido e aceitado Jesus não encontram mais repouso neste mundo, pois diante de tanta maldade, injustiça e falsidade não encontram terreno fértil para amar, só que por amor a Jesus Cristo não medem consequências para estarem crucificados com Ele para o mundo para a grande expectativa da Ressurreição, em que todos terão a Vida Eterna. Portanto, amar a Cristo não é só confessá-lo com os lábios, mas é ter a certeza de que Ele nos abriu os olhos e agora vemos realidades que até então nos eram desconhecidas, porque não sabíamos amar e estávamos no império das trevas. Não nos esqueçamos de que a verdadeira Ressurreição vem de nos libertar da condição de pecado, a Ressurreição não é conivente com as misérias desse mundo, ela nos ajuda a sermos sempre novos, filhos autênticos da Luz.
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo! Sempre seja louvado!

Pe. Márcio Marcelo Barboza
Administrador da Quase-Paróquia Nossa Senhora de Fátima

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